segunda-feira, agosto 17, 2009

Do ser que respira

Tivessemos tudo o que desejamos
E teríamos um lado do rosto em necrose e tristeza
A outra face sorriria em loucura e saudade;

Tivessemos feito tudo o que pudéramos
E hoje desejaríamos subir contra a correnteza do rio do tempo
Que não retorna jamais

Fossemos quem outrora sonhamos ser
E deixaríamos de ser quem somos hoje
Negligenciando a ajuda da vida e de amigos
E da morte e inimigos
E de tudo o que nos transpassa

Nos supera, nos ilumina, nos vence
Nos esmaga e nos reconstrói

Somos a fênix do mundo e o mundo da fênix
A verdade latente e a sombra da dúvida

Somos humanos, e, humanos sendo
Somos menos o que fizemos
E muito mais o que fazemos

Somos mais vida do que rima
Nem todo escrito é harmônico
O que importa, ao final, não é o quadro obscuro
Do que vemos quando olhamos para trás

Mas a imagem no espelho do hoje
E a visão que além deste se esconde
Do que seremos / em claro amanhã

Somos mais vida
Se com mais vida vivemos

Trago o teu coração comigo

Trago o teu coração comigo (guardo-o dentro
do meu coração)

Nunca o deixei noutro lugar (onde quer que vá, vais comigo, meu amor;
e o quer que seja feito apenas por mim, é por ti feito, minha querida);

Temerei jamais qualquer destino (pois és o meu destino, minha doçura)
Quererei jamais qualquer mundo (que a tua formosura é todo o meu mundo, minha verdade)

E és tu o que uma lua sempre possa ter significado
e o quer que tenha sempre um sol cantado, és tu

Aqui está o mais profundo segredo a todos velado
(aqui está a raiz da raiz e o botão do botão
e as alturas das alturas de uma árvore chamada vida; que cresce
para além do que a alma pode esperar ou o pensamento esconder)

E é esta a maravilha que mantém as estrelas separadas;

Trago o teu coração (guardo-o dentro do meu coração)


(I Carry your heart with me, Adaptado da tradução por Manuel Anastácio, encontrada em http://literaturas.blogs.sapo.pt/tag/Traduções).


domingo, agosto 16, 2009

I carry your heart with me

I carry your heart with me; I carry it in my heart

I am never without it /
Anywhere i go you go, my dear; and whatever is done
by only me is your doing, my darling

I fear no fate
For you are my fate, my sweet

I want no world
For beautiful you are my world, my true
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you

Here is the deepest secret nobody knows
Here is the root of the root and the bud of the bud

And the sky of the sky of a tree called life;
Which grows higher than the soul can hope or mind can hide

And this is the wonder that's keeping the stars apart

I carry your heart
I carry it in my heart

(E. E. Cummings; Repontuei para facilitar a declamação)

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