domingo, outubro 09, 2005

Somos quem podemos ... sonhar!

A cultura popular diz que "Cada um sabe onde o sapato aperta".
Uma música diz: "Cada um sabe a alegria e a tristeza que traz no coração"

Todos trazemos conosco dificuldades, que nos acompanham. Durante algum período da vida, é quase certo que negaremos ou fingiremos não saber disto: o orgulho nos pinta de ouro, sem manchas. É possível que em outra época, nós façamos o oposto: só enxerguemos a lama que suja nossas botas, nos esquecendo das botas em si, e de quem as calça, que se não é feito de ouro, também não é de lixo.

Certa feita um desafio foi proposto a humanidade: amar o próximo como a si mesmo. E transcorridos os milênios, tem-se visto as mais diversas linhas de pensamento discorrer sobre o tema, sob os mais diferentes enfoques e chegando as mais opostas teses, mas em geral, toda a discussão está focada no "amar ao próximo".

Pouco é dito a respeito de amar-se a si mesmo. O que vemos a nossa volta é um redemoinho de punições, de baixa ou demasiado alta estima, de sentimento de culpa.

Nós não nos amamos. Quando não sabemos resolver um problema, nao é infrequente recorrermos a fugas auto-destrutivas. Gostaria de dizer que falo o que vejo, e seria verdade, mas também falo por mim.

Não posso condenar quem recorre aos entorpecentes para esquecer a realidade. Não posso condenar quem cria mil e uma fugas, inventa viagens, põe a culpa de sua infelicidade nos outros, cria visões de mundo pessimistas e fatalistas, onde tudo estaria destinado, inevitavelmente, ao fracasso e a dor.

Não posso condenar o que eu mesmo faço ou faria em iguais condições. Mas posso procurar entender. Entendo por que é tão dificil olhar no espelho e encarar aqueles olhos, estejam baixos e cansados ou pomposos de orgulho.

Entendo que não nos amamos, não nos perdoamos, não nos aceitamos, mas aí nem sempre entendo o por quê disto tudo.

Só o que sei é que o principio de amar-se a si mesmo está em perdoar-se, em procurar entender.

Podemos nos perguntar: quem somos nós? O que queremos para nós? Como agiriamos em tal ou qual circunstância?

E não são exatamente estas as respostas que a vida procura nos dar, diariamente?

Sábio não é apenas aquele que consegue tornar sua vida desprovida de espinhos, mas essencialmente, inicia-se na sabedoria todo aquele que, novamente recorrendo a cultura popular, "em tendo ganho da vida um limão, faz dele uma limonada".

E a limonada só de limão e água não desce, ela só se torna apreciavel com o açucar da alegria, não?

Muitos estamos presos ao passado. A luta para desprover-se de tal se dá no presente. Mas como eu gostaria de falar-lhes do futuro!

A questão é que o futuro é explêndido, mas não é predeterminado. O futuro acontece para cada um, individualmente, conforme ele o constrói. Saber o futuro priva-nos das surpresas ruins, mas pode nos retirar a alegria de encontrar as boas surpresas.

Vive o melhor que pode, hoje! Perdoa-te! Olha a frente, e pergunta a teu coração sobre os sonhos que realizará, não necessariamente os sonhos que já te alimentam a alma, mas talvez os sonhos que ainda não sonhaste!

O que teu coração te dizer, é o sentido, é para lá que deve trilhar; Mas o caminho não se trilha sozinho, é preciso que dê tudo de ti: tua inteligência, tua calma, tua perserverança, tua esperança...

Vêm, e vamos marchar a frente: não espere o tempo passar por você, sejamos nós o tempo em si mesmo, que faz o amanhã virar hoje!

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