segunda-feira, agosto 17, 2009

Do ser que respira

Tivessemos tudo o que desejamos
E teríamos um lado do rosto em necrose e tristeza
A outra face sorriria em loucura e saudade;

Tivessemos feito tudo o que pudéramos
E hoje desejaríamos subir contra a correnteza do rio do tempo
Que não retorna jamais

Fossemos quem outrora sonhamos ser
E deixaríamos de ser quem somos hoje
Negligenciando a ajuda da vida e de amigos
E da morte e inimigos
E de tudo o que nos transpassa

Nos supera, nos ilumina, nos vence
Nos esmaga e nos reconstrói

Somos a fênix do mundo e o mundo da fênix
A verdade latente e a sombra da dúvida

Somos humanos, e, humanos sendo
Somos menos o que fizemos
E muito mais o que fazemos

Somos mais vida do que rima
Nem todo escrito é harmônico
O que importa, ao final, não é o quadro obscuro
Do que vemos quando olhamos para trás

Mas a imagem no espelho do hoje
E a visão que além deste se esconde
Do que seremos / em claro amanhã

Somos mais vida
Se com mais vida vivemos

2 comentários:

Anônimo disse...

Foi tu que escreveu? :)

Alexandre disse...

Foi, num daqueles cinco minutos de inspiração hehehe... mas já escrevi melhor, tou fora de forma :(

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