sexta-feira, dezembro 18, 2009

Deep Breath

Uma brisa suave toca-lhe o rosto. Levemente, mas o suficiente para ser percebida.
Alguns raios de sol escapam por entre as nuvens, e apesar de parecer querendo afugentar-se entre as árvores, chegam a atingi-lo em cheio, porém não de uma forma incômoda.

Parado ali no alto da colina, ele sente o coração desacelerar e a respiração calar-se. Acomoda-se, contemplando apenas estas pequenas coisas que, conquanto nos acompanhem por todo o processo evolutivo, parecem cada vez mais distantes de nosso cotidiano, tão envolvidos que estamos nas coisas abstratas que acostumamos a chamar de práticas, enquanto abstraímos a realidade pratica que nos cerca e da qual nunca conseguimos nos desvencilhar totalmente.

Ali, naquele lugar, o que ele percebe, ainda que em relance imperfeito, é aquela paz que todo homem, intimamente, procura, mas que apenas poucos chegam um dia a encontrar.

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