sexta-feira, dezembro 25, 2009

Gato, Sapato, Nada

Um gato andava por entre arbustos
Procurando, quem diria, mangustos
Mas deparou-se, intrépido, com algo além;
Algo simples, mas que ali não era augusto:

Um sapato, entre a relva, escondia-se.
De verniz preto, feminino, um dia fora belo.
O gato, atrevido, andou a bisbilhotar:
Com seus bigodes, o sapato decidiu-se a dominar.

Cheirou, então, a abertura;
Para sua surpresa, mangusto morto lhe lembrava;
Se falasse, o pobre gato, estaria a declamar:
- Oh meu nariz, que horror, não sinto mais nada!

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