Gostaria de crer que sou uma boa pessoa. Que faço o melhor que posso. Mas há vezes que não posso negar, fico muito aquém das minhas próprias expectativas para comigo mesmo.
Por que há certas coisas que fazemos, e que mais tarde, quando paramos para pensar, nos perguntamos: por que fiz isto?
As vezes ofendo as pessoas a troco de nada. As vezes ofendo a mim mesmo a troco de nada.
A troco de nada, muitos males tem sido permitidos. Muita podridão tem se instalado no mundo, disfarçada, pintada, de normalidade. Não quero entrar numa discussão sem fim sobre normalidade, mas é verdade que há certos parâmetros que óbviamente não levam a lugar algum, e outros só levam a maus resultados. Há coisas tão óbvias em que não se precisa ser um sábio para antever o resultado pelo pensamento, sem que seja necessário gerar a situação para provar a idéia.
Por que, no entanto, fazemos tanta burrice, mesmo sabendo que é burrice?
O apóstolo Saulo, mais tarde renomeado Paulo, dizia com muita propriedade: "Todas as coisas me são licítas, mas nem todas as coisas me convém. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam."
Nem todas as coisas levam a um resultado aceitável. Nem todas as coisas valem a pena serem consideradas.
Gostaria de poder dizer que faço o melhor que posso. Um dia talvez possa.
Há coisas que me deixam triste. Hoje, por alguma razão, não estou triste. Estou apenas decepcionado comigo mesmo. E não deveria estar.
Mas amanhã é outro dia, não é?
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