sábado, janeiro 23, 2010

Dias (in)comuns

O velho senhor disse Adeus
A garota de pijamas subiu as escadas
O menino de meias enormes pegou sua bola
A bicicleta de três lugares passou repentina

O carnaval acabou
O período de chuvas cessou
O padeiro baixa a porta e coloca a tranca
O garçom acena para um conhecido.

As lágrimas secaram
A tristeza se foi
As vidas destruídas se ajeitam
As saudades cedem espaço a novos ares

A garota com a chave abre a porta
O gato passa correndo, sorrateiro
Nuvens brancas substituem a tormenta
Céus estrelados convidam a refletir

E nestes dias, terrícola
Em que tuas dores dão lugar a calmaria,
Em que teus receios dão lugar a interna paz,
Saiba que não estás a sós na construção de ti.

Os que te precederam em grande viagem saudam-te
Os que te enxugaram invisivelmente as lágrimas, contigo rejubilam-se.

O tempo do Reformador está em efeito
Os que estão prontos, vivem.
Os que ainda não estão, preparem-se.

Não há mais espaço para tanto mal e iniquidade.
Cada pingo no i, cada jota, e cada vírgula
Cada sorriso e cada lágrima
Cada oportunidade, vivida ou perdida;

O tempo é chegado. Eu sou o consolador, e sou o peneeiro.
Quem estiver pronto, que esteja.
Quem não estiver, apronte sua bagagem. O trem partirá em breve.

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