Já sentiram vontade de gritar bem alto, mas não poder, por medo de acordar quem estiver dormindo?
Queria gritar ao barro e dizer: esculpe-te! E o barro, confuso, viraria estátua perfeita.
Queria gritar ao mundo: ama! E o mundo, envergonhado, amaria. Não o amor confuso, mas o amor terno, o amor paz.
Queria gritar p/ mim mesmo: acalma-te! E, tranquilo, não pensaria mais em coisas como distância e silêncio. Não teria centenas de dúvidas na minha cabeça, dúvidas que se acalmam com poucas palavras, palavras que não posso ouvir, no momento.
Gritaria aos céus: Ilumina-me! E teria todas as respostas, ou ainda, saberia fazer todas as perguntas.
Como isto é improvável, por enquanto, eu me satisfaria em gritar: -- Socorro!
Mas não posso... E devo deixar os dias seguirem ...
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